SÃO TOMÉ – São Tomé e Príncipe com o apoio do SIDS DOCK através da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial acolhe consultas nacionais e diálogo sobre energia oceânica.
A par disto, está no país uma delegação chefiada por Christine Neves Duncan, Chefe de Gabinete e Diretora do SIDS DOCK com o objetivo de liderar os diálogos para fortalecimento da resposta global à ameaça das mudanças climáticas. A delegação foi recebida na manhã desta segunda-feira pelo Ministro das Infra-estruturas e Recursos Naturais, Osvaldo de Abreu, para tratar de questões relacionadas com a implementação do projecto. Após a reunião, Christine Duncan, visitou a escola Secundária Maria Manuela Margarido, e conversou com os estudantes sobre o projecto e sobre as mudanças climáticas.
Os SIDS se enquadram nas maiores regiões de energia renovável do planeta, cujas regiões contém uma enorme quantidade de potencialidade energética, variação na salinidade, gradientes térmicos, correntes de maré ou ondas oceânicas, que podem ser usadas para gerar eletricidade usando uma gama de tecnologias diferentes.
Essas tecnologias poderiam fornecer eletricidade confiável, sustentável e competitiva com o que hoje é gerado a partir do diesel. Cada tipo de recurso cinético ou térmico do oceano tem requisitos, características e desafios únicos do local, apesar de ser oneroso, apesentam grandes vantagens.
A energia térmica oceânica, que se baseia na conversão de gradiente de temperatura no oceano em eletricidade, está continuamente disponível em quase todos os locais oceânicos entre os trópicos, e, portanto, representa uma fonte ilimitada de energia para a economia azul.
O principal objetivo da missão é a promoção na República Democrática de São Tomé e Príncipe de inovações e mudanças capazes de pilotar novos conhecimentos impulsionando SIDS e LDCs para a independência energética através do desenvolvimento e implantação de tecnologias de energia oceânica, como sendo o primeiro país membro dos SIDS DOCK a beneficiar dessa iniciativa piloto, que será explorado num horizonte de 2023-2030 com intuito de atingir 10MW faseadamente.
Por isso, “é importante para nós que haja maior envolvimento do país nesta missão para que a partir desta discussão encontremos soluções eficientes e sustentáveis de energia para o país”, referiu Gabriel Maquengo,
Relativamente a economia azul, esta ação reafirma exclusivamente aos serviços de ecossistemas dos oceanos e seu papel em todos os aspectos da economia e compreende atividades económicas que ocorrem diretamente no oceano e nos mares, ou utilizam saídas do mar para consumo ou como fonte de renda. Ela representa uma opção formulada nas políticas nacionais, de abraçar a vantagem comparativa dos SIDS e das LDCs costeiras, e criarem um ambiente que facilite melhor os investimentos e o crescimento liderado pelo sector privado, ou seja, são partes dos frutos do Plano das Politicas Estratégicas Nacional de Economia Azul.